Ser o guardião das almas e da memória de uma cidade é uma missão na qual Messias Santos, de 53 anos, se envolve desde os 18, quando entrou na Irmandade das Almas.
Conciliando as procissões da igreja com a visita aos idosos e doentes, Messias percebeu o quanto se sentia interessado por tarefas de assistência.
O convite para se tornar o coveiro do Cemitério Santo Antônio e Almas foi recebido com surpresa, mas se tornou o maior gosto de sua vida.
Ele já dedicou 24 anos consecutivos ao cuidado com as almas, sempre no dia 1° de novembro, Dia de Todos os Santos.
Messias testemunha momentos de emoção e respeito no cemitério. As carneiras, onde repousam entes queridos, são preservadas e decoradas com flores.
João Inácio, seu amigo, que
o convidou para a Irmandade, pediu para Messias cuidar do caixão e da alma dele em uma promessa vitalícia antes de morrer.
Messias se sente bem no cemitério onde trabalha. Ele vê um propósito nobre e uma conexão profunda com as histórias e as almas que ali repousam.
Outras pessoas também se dedicam ao cuidado com os mortos, unindo penitência e devoção inabalável.